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A ideia é simples: duas mentes com pontos de vista diferentes sobre cotidiano. Dificilmente concordando com a opinião massificada, até porque, a unanimidade é burra e toda mentira tem lá sua verdade.

Brincando de fazer drama

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Sabe, trabalhar em casa tem lá suas vantagens, confesso! Não nos cansamos como antes, trabalhamos de cueca, bermuda, sem camisa, de chinelo. Enfim, do jeito que quiser. Mas também não é essa várzea que todos pensam, exige uma disciplina bem grande, e é claro essa vida não é só de rosas. Um dos principais “contras” nessa história é o fato de na maioria das vezes a gente estar sozinho, tendo a como unica companhia, a TELEVISÃO.

É engraçado como começamos a prestar atenção em certas coisas, que antes passavam desapercebido, como por exemplo, estilos de propaganda, trilha sonoras de seriados, grade de programação, entrevistas bizarras, roupa de apresentadores e afins.

Essa semana, por exemplo, eu estava pensando sobre o programa matinal da Record, o Fala Brasil – telejornal que fica no ar até às 9hs30, horário que boa parte da turma já está no serviço, ou as donas de casa já começam seus afazeres do lar. Algumas perguntas me vieram à mente: Será que eles realmente precisam colocar uma vinheta tão tensa? E as chamadas, precisam ter um tom dramático sempre? Acredito que haja certo exagero. Não sei vocês, mas eu não curto muito a ideia de começar meu dia com um clima de tensão. Com relação à cobertura, não vejo nada de muito diferente dos outros jornais matinais, um geralzão sobre as principais notícias do dia, sem grandes analises.

Na verdade, acredito que muitos dos expectadores devem fazer igual minha mãe, só deixarem a TV ligada esperando começar o Hoje em Dia (que em breve falarei sobre). Sorte a deles!

Só se fala em bunda...

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Todo cronista que se preze já escreveu sobre bunda. Luís Fernando Veríssimo queria uma mulher com a bunda na frente e os seios nas costas para as danças de baile ficarem perfeitas. Já o Arnaldo Jabor, quem diria, escreveu sobre a chatice que são as mulheres de bunda dura. Não comem, não bebem não te dão atenção, só para a bunda. Ironicamente, eu tive uma professora de redação bem provida da abundância. A coitada tinha o apelido de Dino da Silva Sauro. Aquilo não era bunda, era extensão territorial. Mas não é desse tipo de bunda que eu estou falando, falo daquela bem feitinha, nem grande, nem pequena, nem dura de gelatina. Uma bunda brasileira! O Mário Prata, sabiamente disse que a diferença entre a Playboy americana e a Playboy brasileira não é necessariamente a língua, mas a bunda! Eles são mais chegados na abundância de melões. Nós temos a Mulher Melancia.

E tem mais! Em inglês, para salvar sua vida você diz Save your ass, "tirar o seu da reta" na tradução literal. Aqui nós salvamos nossa cara, vai entender... Para salvar a sua vida em inglês só mesmo tendo cara de bunda. Não sei se tomo isso com ofensa ou como elogio.

Outro dia eu estive em Buenos Aires para entrevistar um figurão da Petrobras. No fim da entrevista ele falava sobre as mulheres portenhas. Lindas. Na sua melhor definição, MA-RA-VI-LHO-SAS! Mas sem bunda, pode procurar que não tem - dizia ele. Veja só como as coisas são: um cara bem posto como esse falando de bunda. Pra mostrar que a bunda não escolhe classe social, só etnia. As desbundadas das japonesas que o digam, essas, defintivamente, não nasceram com a bunda virada para lua. Coitadas, além dentes tortos e com curvas dignas de um sprint final de uma corrida de dragster, não têm bunda! Até nisso as brasileiras são melhores. Nossas japetas têm curvas e dentes bonitos. E pasmem: algumas têm bunda... e como!

Tudo começa com uma bunda. Começa com você olhando uma bunda passar. Penha-Lapa-Penha-Lapa e lá está o infeliz babando. E no primeiro vacilo, ela logo te dá um pé na bunda. A vida é assim, você pode não saber onde terminam as costas nem onde começam as pernas, mas bunda sempre vai estar lá...